segunda-feira, 13 de novembro de 2006

As Crônicas Acronológicas:
Ensaio sobre a cegueira

Oi, galera. Espero que estejam gostando, ou pelo menos acompanhando, a série As Crônicas Acronológicas. No episódio de hoje, quero falar sobre alguns pontos da cegueira.

Paulo diz: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, MAS CRISTO VIVE EM MIM; (Gálatas 2:20). Quanto realmente nos anulamos e deixamos Cristo viver em nós?
Quantas vezes nós, evangélicos, não nos deixamos levar pela ira, pela raiva, pela inveja, pelo ciúme, pelo egoísmo, pelo egocentrismo, pela falta de amor. Quantas vezes não nos comprometemos com as coisas de Deus, sendo relapsos e irresponsáveis. Mas ainda assim, nos vestimos de uma "capa de santidade" e nos julgamos melhores que os outros, sem erros, sem falhas. Vemos defeitos nos outro, mas é tão difícil aceitar o mais óbvio dos defeitos em nós mesmos. O pior é quando só enxergamos defeitos nos outros e nos tornamos incapazes de ver suas qualidades.
Em Mateus 9:9, vemos como Jesus olha para um cobrador de imposto, pessoa má vista pelos judeus. Quando Jesus olhou para Levi, Ele viu Mateus. Ele viu o potêncial de Levi, viu o que Mateus seria lá na frente. Jesus viu qualidades onde todos viam defeitos. E fez mais, acreditou nelas, dando uma change para ele. Será que enxergamos como Jesus? Ou estamos cegos pelos defeitos de alguém?

Mas, numa completa inversão do ponto sobre a cegueira. Precisei ajudar uma moça cega outro dia. Era domingo e os ônibus demoravam a passar. A moça cega estava ficando impaciente, ansiosa, desesperada. Já havia pedido ajuda para algumas pessoas, que se foram e a deixaram ali. Pensou em desistir. Se desesperou, quando alguém disse que seu ônibus havia passado. Foi quando me ofereci para ajudá-la.
Ela não me via, não me sentia (não dei meu braço para ela), por algumas vezes me ouvia (em algumas, eram ruídos inexprimíveis - eu falo meio enrolado). Seu eu fosse embora, ela não saberia, só lhe restava confiar em mim, pois disse-lhe que iria ajudar. Quando a levei até a porta do ônibus, ela precisou se deixar conduzir. Ela estava dependendo da minha ajuda. Assim também é com Deus, não O vemos, não podemos tocá-Lo, mas precisamos confiar Nele, deixá-Lo conduzir nossas vidas e depender totalmente Dele.
Bom, vocês conhecem o ditado: "O pior cego é aquele que não quer ver". Então pergunto: Quanto realmente dependemos de Cristo? Quanto realmente somos imitadores de Cristo?

(Lucas 6:39) E propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura um CEGO guiar outro CEGO? não cairão ambos no barranco?

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